Eles se constroem
com álcool,
imaginação
e algumas drogas.
A possibilidade
cresce
num caldo
vigoroso.
Fosse uma banana
amassada,
encerrada num laboratório,
em vez de
drosófilas melanogáster,
procriaríamos
e multiplicaríamos.
É cedo.
A rua quase
deserta.
Raros automóveis
diminuem a marcha
num trajeto
desconfiado.
-- A felicidade mora mesmo aqui?
Em que número?
56,
97,
293?
Querem se apropriar
do pequeno
filão
preso no labirinto.
A saída
e o núcleo.
Ansiosa,
abocanho
o tesouro,
antídoto para o
minotauro feroz.
Em um segundo
a criatura mítica
pode desfazer o encanto.
Nossa alegria.
Minha.
Sua.
De posse do sagrado,
corro certeira
em busca de ar,
ar.
Suando frio
evito a óbvia armadilha.
Instalado no Universo,
como quem vive um dia de cada vez,
você tamborila os dedos
numa mesa de madeira.
Suave, pensa na sua condição
masculina e repleta
de meandros sutis.
Agora, a sua antítese
chega com
o remédio
para nossas dores.
A minha.
A sua.
Minhas mãos
quentes, latejantes,
borrifam
o leite mítico.
Esculpem
a batalha
cotidiana.
Recomeçar.
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