Sandra Brazil / Literatura, poemas, contos, crônicas, cinema, viagens. O título deste blogue se refere à poeta grega Safo de Lesbos e sua filha Cleïs, a quem ela dedicou o belo poema "O tesouro".
Quem sou eu
- Sandra Brazil
- No blogue escrevo meus próprios textos (contos, crônicas, poemas, prosa poética) e também sobre os mais variados assuntos: literatura, cinema, viagens, gastronomia, amenidades, humanidades, música. Tudo que me toca. E que possa tocar os leitores.
domingo, 31 de agosto de 2014
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
terça-feira, 19 de agosto de 2014
As gemas
O inventário de uma vida sempre dói. No osso, no pulso, na lembrança. Colher as borboletas que fomos afoga a tarde e enverniza o ocaso. Amanhecer não é para os fracos -- profere a multidão de esporas.
Adormeci pensando em cruzar a fronteira, sem a mínima esperança. Desperto no mesmo perpétuo sem rumo, como ontem, antes de ontem. A carapaça rompe e sangro, e as gemas ressurgem, incrustadas cintilando. Opacas, translúcidas, mínimas, enormes como o rio Nilo. Azul-profundo, amarelo sui generis, cor de terra selvagem. A saudade, aprendi com Emily D., soa a pedras preciosas. Minhas lágrimas vertem olhos-de-tigre, ametistas, citrilos, turquesas...
Adormeci pensando em cruzar a fronteira, sem a mínima esperança. Desperto no mesmo perpétuo sem rumo, como ontem, antes de ontem. A carapaça rompe e sangro, e as gemas ressurgem, incrustadas cintilando. Opacas, translúcidas, mínimas, enormes como o rio Nilo. Azul-profundo, amarelo sui generis, cor de terra selvagem. A saudade, aprendi com Emily D., soa a pedras preciosas. Minhas lágrimas vertem olhos-de-tigre, ametistas, citrilos, turquesas...
Um continente ancestral
Minhas sobrancelhas espessas e escuras formam um continente sobre meus olhos mouros e melancólicos, que esperam um navegador que jamais voltará. Todos os meus ancestrais que me legaram esse olhar que busca o infinito foram lançados às profundezas do mar, ou afogaram se em combates sangrentos. África, África, mouros, romanos, todos clamam seu lugar em mim.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
"Outra vida"
Há alguns anos li o romance do Rodrigo Lacerda, "Outra vida". Uso o título em minhas conversas com amigos e chegados. Sempre digo: quero 'outra vida', como no romance do Rodrigo.
Outra vida, mas que comporte tudo que tenho de bom nesta. Como querer cruzar um rio com bagagem nas mãos. Será possível? Estar na outra margem carregando a terra trilhada de todos os caminhos.
Sim. Quero outra vida.
Mas o que fazer com esta que tenho diante de mim?
Outra vida, mas que comporte tudo que tenho de bom nesta. Como querer cruzar um rio com bagagem nas mãos. Será possível? Estar na outra margem carregando a terra trilhada de todos os caminhos.
Sim. Quero outra vida.
Mas o que fazer com esta que tenho diante de mim?
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