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No blogue escrevo meus próprios textos (contos, crônicas, poemas, prosa poética) e também sobre os mais variados assuntos: literatura, cinema, viagens, gastronomia, amenidades, humanidades, música. Tudo que me toca. E que possa tocar os leitores.

sábado, 2 de julho de 2011

Sábados, e a arte da gastronomia

Bom, é sábado, e o o roteiro hoje foi um país desconhecido pra mim.
Tem jantar aqui em casa, e resolvi, depois de muito repetir meu prato velho conhecido, inovar.
A chef Heaven Delhaye é linda, gostosa, deve ser cheirosa também, (acho) e dá dicas ótimas de gastronomia. Preguei na tela o dia que ensinou, num jeito muito despachado, como fazer cambembert e geleia de pimenta, embrulhados em massa folhada pincelada com ovo para dourar. Decidi apostar no prato pra hoje.
Bom, não gosto de acordar cedo de sábado, mas lá fui eu ao Mercado Municipal buscar os ingredientes para minha empreitada. Chegar de carro ao Mercado é uma aventura à parte. Muito trânsito, não há onde parar o carro, os estacionamentos estão lotados. O que fazer> Bom, dei umas voltas, e de repente, estava fincada com os dois pés no mercadão, em meio a um mar de gente, de aromas, de imagens, sons. O moço que me vendeu os queijos me disse: "Nossa, hoje tá sussa!" Como assim, sussa> Eu estava tropeçando nas pessoas com suas compras e parentes e amigos...
Compra feita, volto pra casa. Mas é aí que veio a surpresa. Ao cruzar a avenida do Estado para fazer o retorno em direção à Marginal, entrei na rua Santa Rosa. Meu deus, ali é outro país. Parecem os armazéns de minha infância: arroz, feijão, grãos, temperos, tudo a granel. Um pouco antes, no caminho para o Mercado, no Bom Retiro havia um quarteirão só de máquinas de costura; na sequência, outro só de manequins para lojas; antes ainda, espelhos, molduras etc. Eu, uma palistana da gema, nunca havia passado ali...
Mas na rua Santa Rosa eu fiquei, confesso, perplexa. Você passa pelo Gasômetro, que é um museu a céu a aberto. Meu pai diz que quando era pequeno via as mães que tinham filhos com problemas respiratórios trazê-los ali, pra ficar respirando aquele ar gasoso, sei lá composto de quê... Meu pai passava sempre por ali quando era menino, a pé e fazendo molecagem com os amigos.
Depois, quando chegamos na Santa Rosa, há paredes de tijolos aparentes, uma feira livre que parece um mercado com uma ruína de tijolinhos amarelos no meio. Onde estou> Outro país>
Bom, desembrulho meus achados gastronômicos. Tudo dominado, abro um meio tinto pra relaxar. Torçam, sou uma cozinheira meia-boca... :-(

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