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No blogue escrevo meus próprios textos (contos, crônicas, poemas, prosa poética) e também sobre os mais variados assuntos: literatura, cinema, viagens, gastronomia, amenidades, humanidades, música. Tudo que me toca. E que possa tocar os leitores.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

The look of love

Vocês, leitores, já devem ter reparado como as pessoas mudam quando estão apaixonadas. Ou simplesmente quando estão naquela fase "dança do acasalamento", como costumo chamar... às vezes, a dança do acasalamento dá certo e se transforma em algo novo, um sentimento profundo, uma relação amorosa, um namoro, morar juntos, casar, caso "estável" (já viveram isso alguma vez>) ou sei lá o quê...
Primeiro, a pessoa fica mais bonita, a pele fica mais lisa, ela fica também mais disponível, menos tensa e mais cheia de energia. Mas a característica mais marcante, penso eu, é o olhar... Ah... o olhar dos apaixonados é 'something'... Uma coisa. Você percebe de longe quando alguém está apaixonado, e coitados dos comprometidos: é muito difícil esconder! Tudo porque está no olhar, "aquele olhar".
Tanto que há obras que tratam disso, quadros, textos, música... Uma delas é "The look of love". Há inúmeras versões desta bela canção, mas uma das que mais gosto é a interpretada por Dusty Springfield. Veja no YouTube (http://www.youtube.com/watch?v=a28kY1-s-Vc).


Bem, eu mesma, leitores, tenho cá minha coleção particular de "looks of love"... E afortunadamente não é que alguns deles foram clicados para minha sorte>>

Há meus olhares de dança do acasalamento apenas, que são faceiros, e é fácil de detectar... A diferença é notável.
Claro, porque o olhar de um grande amor carimba fundo na alma e reflete o arco-íris
que se instala dentro de nós e completa a felicidade que já é nossa. O olhar do amor é cristalino, não é leviano. Ele tenta arrastar para si a humanidade, para que toda ela seja tão feliz quanto nossa felicidade amorosa nos faz naquele momento.
Como um tsunami, o olhar amoroso, e eu diria que Roland Barthes estivesse entre nós eu pediria que incluísse em seus Fragmentos do discurso amoroso, arrasta tudo ao redor em sua generosidade, em sua felicidade, em sua plenitude. Não é possível passar incólume ao olhar de alguém que está apaixonado. Ele o arrasta a seus confins, quer você queira ou não.
Façam esse exercício: no ônibus, no metrô, numa praça, no shopping (para os que gostam), no ponto de ônibus, ao volante reparando nos passantes, vejam como algumas pessoas carregam esse olhar apaixonado...
Ao se permitir observar, esse olhar o arrastará de sua rotina massacrante e o levará a territórios sagrados, os territórios daqueles que amam, daqueles que se permitem se apaixonar, ou simplemente se permitem a "dança do acasalamento" -- que "é uma delícia, um frio no estômago o tempo todo esperando aquele torpedo ou o celular tocar".
Ou será que... você mesmo leitor... não terá em você... The look of love...


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