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No blogue escrevo meus próprios textos (contos, crônicas, poemas, prosa poética) e também sobre os mais variados assuntos: literatura, cinema, viagens, gastronomia, amenidades, humanidades, música. Tudo que me toca. E que possa tocar os leitores.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Quando a alma de um poeta se entristece por causa, por causa de uma mulher





Paul Verlaine, retratado por Gustave Courbet





Este poema de Paul Verlaine tem uma bela versão interpretada por Leo Ferré, que conheço e indico. YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=JednOHRZMdY

Ô triste, triste était mon âme...

Ô triste, triste était mon âme
A cause, à cause d'une femme.

Je ne me suis pas consolé
Bien que mon coeur s'en soit allé,

Bien que mon coeur, bien que mon âme
Eussent fui loin de cette femme.

Je ne me suis pas consolé
Bien que mon coeur s'en soit allé.

Et mon coeur, mon coeur trop sensible
Dit à mon âme : Est-il possible,

Est-il possible, - le fût-il -
Ce fier exil, ce triste exil ?

Mon âme dit à mon coeur: Sais-je
Moi-même que nous veut ce piège

D'être présents bien qu'exilés,
Encore que loin en allés ?

Paul Verlaine (Romances sans paroles)

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(Procurei uma tradução, mas a única que encontrei assim na pressa é uma portuguesa, da qual não consegui o crédito. Amanhã tentarei novamente, ou o crédito, ou outra tradução...)

Por causa de alguém

Oh! por causa de alguém, sem calma
Triste, triste estava minh'alma

Jamais, jamais, me consolei
Mesmo depois que a abandonei

E mesmo depois de a minh'alma
Procurar longe dela a calma

jamais, jamais, me consolei
Mesmo depois que a abandonei

E meu coração, tão sensível
Diz à minh'alma: - É, pois, possível

Será possível, ele insiste
Este exílio cruel e triste?

E a alma responde ao coração
Sei lá porque esta ilusão

De estarmos perto, ainda que ausentes
E, ainda que longe, tão presentes?

(Paul Verlaine)

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