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No blogue escrevo meus próprios textos (contos, crônicas, poemas, prosa poética) e também sobre os mais variados assuntos: literatura, cinema, viagens, gastronomia, amenidades, humanidades, música. Tudo que me toca. E que possa tocar os leitores.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Quando o Rio de Janeiro é aqui

Fim de tarde. Domingo.
Enquanto meu vizinho aqui do lado não sobe e toma minha vista, que foi minha durante 15 anos, quase 180 graus totais de visão de avenidas ao longe, prédios, montanhas e parque e verde e céu azul -- às vezes chumbo --, eu ainda tenho a janela-moça-do-tempo e o céu só para mim...
Ele está ainda lá no chão, na terraplanagem, como dizem. Corro contra o tempo, fotografo minhas paisagens: dia de chuva, dia de sol, dia nublado, dia chumbo, dia triste, dia alegre, dias difíceis, dias fáceis como vaselina... (Eles existem, creiam.)
Aqui no meu escritório, corro contra o tempo: para entregar trabalhos de prazos incumpríveis, para entregar meu minilivro (assunto para outro post) que ficou pronto aos amigos por um correio nervoso e ineficiente e para aproveitar a minha moça do tempo até a última gota.
O fim de tarde, no verão, é belíssimo aqui. Por isso, inclusive, a escolha de colocar o escritório aqui. Fim de tarde, para-se tudo na pizzaria: toma-se um café ou capuccino, olha-se a janela e o sol dando adeus. É belísismo e refrescante.
Pois não é que hoje, tentando cumprir mais um prazo incumprível, como sempre, ouvindo a deliciosa voz de Paula Toller para aliviar minha ansiedade (cumprirei o prazo incumprível?), olhei pela janela moça do tempo e vi o parque, as árvores com a copa dourada pelo pôr de sol dourado, o céu avermelhado e uma imagem belíssima de um fim de tarde indescritível.
Tive que interromper meu prazo incumprível, tirar os óculos, e admirar a natureza me chamando: Sandra, a vida é bela e tem cores lindas, de aquarela. Pare e veja.
Parei tudo. Reverenciei a natureza e deixei a música amaciando meus ouvidos...
A suavidade da tarde me levou a um elevado que nos leva na entrada do Rio de Janeiro aos bairros da zona Sul carioca... Tantas vezes passei por ele, com aquela felicidade louca no coração. Sabendo que a vida aqueles dias seria deliciosa, sempre. Fosse com minha filha, com um namorado, solo, com uma amiga ou amigo, ou amigos, ou marido. Sempre o Rio é uma alegria pra mim. Eu adoro a geografia e aquele jeito dos cariocas de viver a vida.

Na foto, o Arpoador, no Rio de Janeiro.

E hoje à tarde, vendo esse pôr de sol dourado nas árvores e esse avermelhado no céu tudo me levou ao elevado-bala que me leva às deliciosas praias da zona Sul carioca, onde vivi tantas coisas boas, onde vi minha filha crescer feliz nas areias e nos cinemas e naqueles passeios debaixo da sombras das árvores em dias quentíssimos. Onde amei e fui amada, onde conheci tantas coisas boas e deliciosas da vida debaixo do sol e do Cristo redentor, do Morro Dois-Irmãos, do Calçadão e do Arpoador.
O Rio se transportou um momentinho para cá, para o meu coração.
Boa lembrança! Vou reservar já minha passagem! :-)))

2 comentários:

  1. Me leva!
    (Sempre morri de inveja da vida... digo, de uma vida no Rio. Queria mesmo era namorar a Nara... Oh! Ela cantaria baixinho pra eu dormir.)
    Beijos!
    xico santos

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  2. O pisciano sonhador e cheio de mimos... Beijos San

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