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No blogue escrevo meus próprios textos (contos, crônicas, poemas, prosa poética) e também sobre os mais variados assuntos: literatura, cinema, viagens, gastronomia, amenidades, humanidades, música. Tudo que me toca. E que possa tocar os leitores.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Desapego

Alguém me disse um dia que o amor verdadeiro (não precisa ser amor de homem e mulher, paixão avassaladora. Basta você gostar de alguém, respeitar alguém, ou amar um filho, um amigo, um parente, alguém que você acaba de conhecer e por quem se interessou vagamente. Ou pode ser mesmo alguém por quem você está perdidamente apaixonado e com quem tem uma relação longa estável. Não importa.), o amor verdadeiro mesmo não se apega ao egoísmo.
O verdadeiro amor libera o outro para que "seja" e flua. Deixa o outro livre para que faça o que quiser e tome suas decisões. O amor verdadeiro permite que o outro deslize sobre patins no gelo, sem que isso nos magoe -- mesmo que para isso paguemos o preço da distância e da separação.
Eu nunca havia pensado nisso, com essa clareza de palavras encadeadas uma atrás da outra. Uma fileira de letras que formam um pensamento puro e cristalino. Mas ao ouvir o oráculo, decidi aprofundar isso dentro de mim: quero meu amor menos egoísta, menos eu e mais o outro, e quero que as pessoas de quem eu goste sejam livres e desplugadas do meu desejo. Quero apenas que elas me desejem, sem que para isso eu precise fazer muito ou interferir para tanto. Quero que elas sejam livres, no melhor sentido da palavra liberdade, para que me desejem e fiquem a meu lado, quando queiram, e pelo tempo que quiserem.
Este é o verdadeiro amor. O amor que sempre desejei para mim.

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