Quem sou eu

Minha foto
No blogue escrevo meus próprios textos (contos, crônicas, poemas, prosa poética) e também sobre os mais variados assuntos: literatura, cinema, viagens, gastronomia, amenidades, humanidades, música. Tudo que me toca. E que possa tocar os leitores.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

e.e. cummings, na tradução de Gil Pinheiro

à atemporalidade e ao tempo igual,
o amor não tem início nem final:
se nada andar nadar nem respirar
o amor serão o vento a terra e o mar

(amantes sofrem?cada divindade
lhes veste a pele com mortal vaidade:
amantes são felizes?seu querer
cria universos ao menor prazer)

amor é a voz por trás do que se cala,
esperança que o medo não cancela:
força tão forte que nem força abala:
verdade antes do sol e além da estrela

– amantes amam?ora, o tolo e o esperto
que preguem céu e inferno, tudo certo

e.e. cummings
(tradução: Gil Pinheiro)


being to timelessness as it's to time,
love did no more begin than love will end:
where nothing is to breathe to stroll to swim
love is the air the ocean and the land

(do lovers suffer?all divinities
proudly descending put on deathful flesh:
are lovers glad?only their smallest joy's
a universe emerging from a wish)

love is the voice under all silences,
the hope which has no opposite in fear:
the strength so strong mere force is feebleness:
the truth more first than sun more last than star

–do lovers love?why then to heaven with hell.
whatever sages say and fools, all's well

e.e. cummings

Nenhum comentário:

Postar um comentário